Do livro “SANGRAMENTO” incluído na coletânea “POETAS DA IDADE
URBANA” - 2013
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No
caminho das pedras
Escrever
é um culto
Aos
deuses dos vazios
Dos
sem limite a ser.
Um
verso claro e duro
Sempre
busca abrigo
Mesmo
inimigo
A
sepultar o ritmo
Do
prazer.
O
verso livre existe
Germinado
em pedras
Maciço
potentado
Liberto
e sem raiz
De
futuro e de passado.
Faz
do amor verniz
E
na madeira bruta
É
desabrido e ousado
Deixando
cicatriz.
Escrevo
nas pedras
Marcando
o caminho
De
todas as origens
Seja
em guerra ou em paz
Retratadas
nas heranças
De
todas as viagens
As
palavras voam
E
os versos soam
Todos
imortais.