Do livro “Marcos do Tempo” – 2010
..........................
Mais presente na terra do que o sonho mais irreal
Entre a razão e a paixão desses lugares faço parte
Das paisagens de cinza e luz observadas em todo dia
Nas barafundas das loucuras e na sede desumana
Deslizando na carne e entre pálpebras sonolentas
Ando...
Não sou poeta de cantar paixões românticas imortais
Mas a razão de mim não governa minha vida.
Se a minha poesia cansa os olhos de quem lê o livro
O leitor vá beber sua cicuta socrática apropriada
Para satisfazer sua ignorância ou ofuscar sua mente débil.
Ando...
Não pretendo agarrar-me a anjos nem a cruzes de cristos
A minha poesia não é adorável e não pretende sê-la.
Um Maiakovski de mim ou um produto vivo da terra
Assim prefiro. Assim serei. Assim pretende minha razão.
No obscuro clamor não ponho caramelos na canção.
Ando...
Estou caminhando na fase de uma luta de guerrilhas
Com armas traiçoeiras escondidas entre as vestes
Tenho uma pretensão de matar leitores e críticos
E de mandar à merda os filósofos teológicos
E fazer no poema o parto do assassino serial.
Ando...
Vejo a vida no passear flertando com minha carne magra
Belas fêmeas abrindo as pernas na tentação das sílfides
Homens hipócritas elogiando minhas atuais palavras
Sem nem saber a verdade do que falo e do que vivo
Cães imbecis a uivar suas coisas vãs ao acaso.
Ando...
Tal a palavra do Iessiênin dita quase sem a voz sonhar:
“Me agrada iluminar na escuridão
O outono sem folhas de vossas almas,
Me agrada quando as pedras dos insultos
Voam sobre mim, granizo vomitado pelo vento”.
Ando...
Vomito meus versos escritos pelos meus demônios
Não escrevo para harmonizar almas desvairadas
Minha estrada é longa e vazia e não vejo o horizonte
Tenho a mim como uma planta silvestre espinhenta
A solidão faz parte do último verso da estrada.
Ando...
Entre a razão e a paixão desses lugares faço parte
Das paisagens de cinza e luz observadas em todo dia
Nas barafundas das loucuras e na sede desumana
Deslizando na carne e entre pálpebras sonolentas
Ando...
Não sou poeta de cantar paixões românticas imortais
Mas a razão de mim não governa minha vida.
Se a minha poesia cansa os olhos de quem lê o livro
O leitor vá beber sua cicuta socrática apropriada
Para satisfazer sua ignorância ou ofuscar sua mente débil.
Ando...
Não pretendo agarrar-me a anjos nem a cruzes de cristos
A minha poesia não é adorável e não pretende sê-la.
Um Maiakovski de mim ou um produto vivo da terra
Assim prefiro. Assim serei. Assim pretende minha razão.
No obscuro clamor não ponho caramelos na canção.
Ando...
Estou caminhando na fase de uma luta de guerrilhas
Com armas traiçoeiras escondidas entre as vestes
Tenho uma pretensão de matar leitores e críticos
E de mandar à merda os filósofos teológicos
E fazer no poema o parto do assassino serial.
Ando...
Vejo a vida no passear flertando com minha carne magra
Belas fêmeas abrindo as pernas na tentação das sílfides
Homens hipócritas elogiando minhas atuais palavras
Sem nem saber a verdade do que falo e do que vivo
Cães imbecis a uivar suas coisas vãs ao acaso.
Ando...
Tal a palavra do Iessiênin dita quase sem a voz sonhar:
“Me agrada iluminar na escuridão
O outono sem folhas de vossas almas,
Me agrada quando as pedras dos insultos
Voam sobre mim, granizo vomitado pelo vento”.
Ando...
Vomito meus versos escritos pelos meus demônios
Não escrevo para harmonizar almas desvairadas
Minha estrada é longa e vazia e não vejo o horizonte
Tenho a mim como uma planta silvestre espinhenta
A solidão faz parte do último verso da estrada.
Ando...