Do
livro “Sangramento” incluído na coletânea “Poetas da Idade Urbana” - 2013
Quando a gente se achar por essas ruas
do mundo
O que irá rolar?
Serão águas deslizando de cascatas
gigantescas
Ou um pequeno rio correndo para o mar?
Quando meus olhos olharem dentro de teus
olhos
O que irão falar?
Dirão talvez que teus piscares e olhares
Querem me decifrar?
Quando meus dedos enlaçarem os teus
dedos
Como irão se apertar?
Esquentarão palma a palma as duas mãos
Para não acenar
Aquele adeus que se apresenta sempre
perto
Querendo ser distante.
Duas mãos enlaçadas fazem um sonho
irreal
Tornar-se delirante.
E assim a vida marca outra vida por esse
caminho
De corpo e de olhos e de mãos.
Marcando horas e minutos esperados nesse
tempo
Mesmo
que sejam vãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário