Do livro “Abismo das Máscaras” - 2017
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Ao vê-la nua e toda aberta em minha cama
anseio pelos seus aromas e sabores
e espalho aos ventos errantes pelo quarto
as convulsões das entranhas e dos espasmos.
As paredes cinzas são agora cúmplices
de quando os corpos se agarram sacolejantes.
De quando as bocas fremem as luxúrias
molhando as fronhas, os lençóis e os
travesseiros.
Ela oferta o corpo e como estando enlouquecida
grita em silêncio pela mágica das deglutições
e espalha líquidos quentes por todos os
espaços
de onde eu suguei o néctar salgado dela mesma
e de onde penetrei macho sem meios termos
ligando a paixão carnal ao
limbo da esperança.
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