Do livro “SANGRAMENTO” inserido na coletânea “Poetas da Idade
Urbana” - 2013
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Pássaros
no espaço voejam
Com
destino a qualquer lugar
As
plantas nocivas vicejam
Em
conluio com a cor do ar
O
relógio marca apenas horas
No
estrada da vida a passar
O
copo de cerveja perde o gelo
E
o cigarro começa a se apagar
De
tudo restam cinzas ou degelo
No
rastro dos pássaros no ar
Uma
palavra faz um só apelo
A
este escrevinhar
Dizem
restar amor nos solos
Dizem
restar cantos no ar
Dizem
acabar gelo dos pólos
Dizem
tudo quase sem pensar
Nesses
dizeres alguém ainda grita
Sonhos
sem rotas concretas
Sonhar
é a ideia perdida
Nas
mentes loucas dos poetas
Onde
a cor da palavra se agita
Onde
a dor do amor anda a ver
A
atitude de pressentir a vida
Quando
escrever
As
plantas nocivas vicejam
Em
conluio com a cor do ar
Tanto
como metáforas ensejam
Passar
e viver. Viver e passar.
Minutos
também são de relógios
Marcam
instantes ao relembrar
Recriando
outros mil imbróglios
Vendo
o cigarro a se apagar
Pássaros
no espaço voejando
Segundos
também vão se marcar
Cinzas
e degelos vão restando
Neste poema a se findar
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