Do livro “Farol” –
2019
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Não abro dedos e mãos a favor da mentira.
Sou único como todas
as coisas
reais do mundo.
Tenho
meus poemas!
Eles habitam meus pesadelos
(bons ou ruins)
vivem em sintonia comigo
como uma
cerveja gelada
ou como a fumaça dos meus cigarros.
Às vezes
(sempre às vezes)
o mau-humor ataca meus neurônios
e o medo bate nas minhas janelas
quando vejo criaturas idiotas
(mortos vivos)
cantando salmos inconsistentes a um deus.
Mas as coisas
são como são!
Nascer, crescer, adoecer, envelhecer, morrer...
Acreditem:
Não existe paraíso nem umbral!
Existem vermes e decomposição!
Acreditem:
Todos estão abandonados à própria sorte!
Mitos? Messias?
Essa piada é antiga!
Só existe um caminho para todos os humanos:
Morrer!
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