Quando ao
redor do meu corpo
voejaram
centenas de
mariposas azuis
descobri minha
loucura
nascendo em um
poema saudável.
Não sei se ao
meu redor
as pessoas
lembram
das centenas
de mariposas
dançando
alegres
ao redor de
minha epiderme.
Na verdade eu
sei como recordam
as luzes de
mim quase apagadas
e os gemidos
contínuos
desses insetos
morrendo
em um tempo
escuro
fora da minha
dimensão.
Mariposas em
carícias esvoaçantes
faziam a
loucura dos amigos
quando insinuavam
seus pedidos
agitando meus
sentidos
solicitando
com avidez
um poema novo.
Depois
esqueciam as palavras
e saíam pelas
ruas em zombaria
e apenas o
corpo da mulher amada
bafejava em
mim o cheiro saboroso
e
desassossegado
da paixão.
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