Do livro “Sangramento” incluído na
coletânea “Poetas da Idade Urbana” - 2013
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O
vento sabe voar quando deseja
Fazer
a noite fria. Fazer o dia ameno.
Sabe
escarnecer nos galhos das árvores
Estacionando
como se farto de voar.
Até
parece uma mulher volúvel
Nos
instantes onde se precisa achar
Uma
pequena brisa no ar.
E
ao precisar do vento a vida sua
Pelos
poros com as intensidades.
O
calor ferino se agarra à pele
Seja
hora de sol. Hora de lua.
E
a rima da poesia mais secreta
Geme
ao nordeste sem vontade de ser
Tentando
a aragem fria das tardes.
E
um outrora sempre se faz de invasor
A
abraçar minha agonia de poeta
Farto
dos pesares do calor.
O
ritmo do verso se entreabre
Marcado
pela busca do frio
Desejando
tornar-se ventania
A
brincar com a futura tempestade.
Melhor
deixar o sono vir
E dormir, dormir...
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