domingo, 12 de janeiro de 2020

PROSCRITO – Rafael Rocha

Do livro “SANGRAMENTO” incluído na coletânea “POETAS DA IDADE URBANA” - 2013
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Tornei-me um proscrito de velhas andanças
Em ventres macios e em mãos feminis
E hoje relembro as estranhas distâncias
De homem perdido em espaços senis

Tornei-me um fugaz exemplo de danças
De corpos colados e de beijos febris
E hoje recordo que tinha esperanças
De ter em meu corpo teus gestos sutis

Ainda não sei se caminho ou se corro
Mas sei que transcorro loucuras azuis
E no verde dos morros ainda percorro
Versinhos antigos que a alma traduz

E nessa linguagem que ninguém venera
Eu sou um poeta quase sem versejar
E ao lembrar a juventude onde eu era
Pretendo voltar a pensar, pensar, pensar....

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