Pensando no teu corpo eu canto um velho
fado
levo o meu sangue a escorrer a teu lado
invisível e esperando ameigar a paixão.
A saudade obriga a carne a elevar um brado
ainda que me chamem de velho safado
pretendo degustar teus sabores de amplidão.
Mulher a habitar meus sonhos mais inteiros...
Suaves espaços de suor, de pelos e de cheiros
estás viva nos meus versos em louca obsessão.
Mulher da flor cativa odorosa aos canteiros
dos seios, das axilas, das coxas, traz ligeiros
desejos de sexo a criar louco tesão.
Pensando em tua boca carnuda eu me derramo
no anseio maluco de querer dizer te amo
como se apenas plantasse uma ilusão.
Mulher a fazer delirar tudo que eu chamo
escuta o bramido retumbante onde eu clamo:
– Vinde saciar minha fome de paixão!
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