Do livro “Abismo das Máscaras” – 2017
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Aguardo que uma
mulher
com parecença de
deusa
passe perto de
mim a qualquer hora.
Que seja bela
como uma Afrodite
e musical como um
tema de Beethoven.
Espero o
desfraldar de suas bandeiras
quando eu erguer
um brinde à sua vinda
ainda não sabendo
quem ela seja
se boa ou se má
ou se estranha ou excêntrica.
Aguardo uma
mulher bastante propensa
a se imiscuir nas
minhas linhas paralelas
a qualquer hora
do dia ou da noite.
Que deixe a
virtude de lado
e seja mais uma
puta
deglutindo minhas
ideias provisórias
e recriando meus
poemas
nas embalagens do
nascer do sol.
Estarei disposto
a ser a nova experiência
de seus espaços
molhados
e de propagar
para outros homens dispersos
suas loucuras de
conquistadora
e fazer o mundo
se vestir a rigor
homens/pinguins
no gelo
a esperar, a esperar, a esperar...
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