Do livro “Abismo
das Máscaras” - 2017
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Homens há a se
fazerem fortes
e diferentes de
mim.
Não sou e não
serei e nem pretendo
criar uma
fortaleza
com versos
ingênuos.
Sigo a vida como
ordena o figurino:
Morrendo aos
poucos!
Criei em versos
os sons dos rios
desta terra
recifense
com maracatus e
frevos
entrando pelas
portas e janelas.
Buscava alguém
para dançar e cantar
a divindade de
uma musa
e sempre chegava
atrasado.
Outros marcavam
os ritmos
muito antes de
mim.
Um dia deixei de
conversar comigo
e a solidão
dormiu na minha cama.
Até hoje essa
invasão é permanente
ainda que eu
busque minha outra história
e peça clemência
às coisas que
podia ter construído.
E cada baú de
madeira do meu tempo
é uma caixa de Pandora!
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