Prefácio escrito pelo jornalista José
Carlos Gomes da Silva para o livro “SANGRAMENTO” do poeta e escritor
Rafael Rocha, incluído na coletânea “POETAS DA IDADE URBANA” (2013)
Nervo exposto este catálogo de poemas de
meu amigo Rafael Rocha.
Crítico espelho da realidade solitária
do poeta hoje. Espelho deste tempo em que os homens vivem sozinhos em meio às
multidões e à moderna tecnologia.
Espelho da vida! Sempre!
Um trabalho desperto em suas caminhadas
entre anseios e esperanças e na busca de retroagir no seu mesmo e necessário “Sangramento”.
Acho, sim, que se deve beber da mesma
fonte que Rafael Rocha neste recanto poemático, onde pontifica o ser
humano liberto de rédeas. Nele podemos sentir o gosto da liberdade no jorrar
dos versos.
Realistas... Um pouco também tristes, e
quem não o é na agonia e no desdobramento de um poema como “Aritmética
Final”?
Cristalinos como só a alma de um grande
poeta, mesmo quando perscrutador de seus sentimentos mais profundos. Afinal de
contas, quem não sofreu de solidão, desamor, quem não experimentou o desespero
de sonhos combalidos?...
Universais como o medo da morte que habita dentro de todos nós. E é bom
observar mais: sua negação poemática acerca de deus e do diabo no poema “Iconoclastia”,
onde o poeta nega a existência de qualquer tipo de divindade e de demônio. E
posiciona-se claramente ao dizer que: “Púlpitos têm de abrigar vozes de
poetas / Para a liberdade do homem amanhecer”.
Claridade, amor e força. A poesia de Rafael Rocha mostra, mais
uma vez, que não basta ordenar palavras, antes de tudo precisamos ter emoções
concretas e livres e o coração comum, sangrando por entre os versos.
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