Prefácio
do livro “Meio a Meio” (1979) do poeta Rafael Rocha
Rafael Rocha, o primeiro contato em sala de aula,
início de uma grande amizade e descobertas. Descobri suas potencialidades e
emoções, agora entregues às pessoas, não para comparações ou julgamentos (não
se deve julgar o que sai das entranhas do poeta), mas para que possam ser
sentidas e repartidas.
Posso calcular, sem, no entanto, medir, a emoção do poeta ao ver o
seu trabalho traduzido em livro. Livro que deverá ser tomado por outras mãos
que não sejam as das pessoas do seu mundo, numa dimensão maior do se repartir.
Eis, portanto, de Rafael, a poesia.
Uma poesia intimista, por vezes sensual, por vezes naturalista ou
social, muito verdadeira.
Essa verdade será vista e sentida de maneira diferente por quantos
tenham a oportunidade de ler este livro, e a importância está justamente nessa
diferenciação de alcance das pessoas. Cada uma delas representa um mundo
particular pensante.
Para alcançar a verdade interior de Rafael, me despi de
tudo que pudesse fazer barulho e penetrei no seu mundo, tragando todos os
sentidos e emoções.
Depois chorei o mundo sem tempo para a poesia.
Não apresento mais um poeta ou um novo poeta, mas o poeta Rafael
Rocha, ao qual agradeço por ser poeta e meu amigo.
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