Do livro “Abismo
das Máscaras” – 2017
Tempos há que nos
têm chegado
em espasmos de
sal e maresias.
Tempos a se fazer
de errantes
numa crônica ou
numa poesia.
Tempos de ideias
fabricadas
por ladrões e
juízes
e governantes
canalhas.
Tempos a vir
terão de ser armados
com discursos e
gritos roucos
e fogo e balas de
canhão.
Tempos que se
devem fazer presentes
nas ruas e nas
esquinas e nos becos.
Tempos de ideais
a serem concretizados
por homens e
mulheres e crianças.
Para existir
calmaria na terra
e calmaria no mar
temos de
construir tempos armados.
Temos de erguer
barricadas
ou morrer.
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