sexta-feira, 26 de julho de 2019

CANTO DE FORÇA – Rafael Rocha

Do livro “Meio a Meio” - 1979
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Minha voz que seja livre.
Não adormeça meu canto.
Tudo isso é precisão máxima
para içar minha bandeira.

O meu grito que voe
até aos pés das casas pobres
e crie pássaros de amplitudes
no que antes dormia.

O meu livre seja doença
às almas dos que caminham
à casa e ao pão e ao suor
e aos cofres dos exploradores.

Meu poema que dance
acordando almas simples
para amadurecer o tempo
de outro tempo maior.

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