Em um guardanapo de papel
escrevi um poema triste
na mesa de um bar.
De repente, ele deixou de ser meu!
O vento traiçoeiro
deu para ensinar voo pelo ar
ao guardanapo de papel.
Quando tentei segurar o guardanapo
uma prostituta gargalhou
e um menino de rua correu atrás dele
(o poeta Marcus Antônio também).
O poema escrito no guardanapo de papel
sumiu para sempre no ar,
deixando no meu peito uma dor quase alegre.
O poema desejou ser livre!
Deve ter sido isso!
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