quarta-feira, 26 de junho de 2019

TRÁGICO (1986) - Rafael Rocha


Meu processo de vida é tempo aberto
às sutilezas variadas dos humanos.
Metafísica seção
espaço em branco
e velha depressão de viajante.

Segue a alma o ritual litúrgico
ao vinho carnal das presenças.
Material essência
sonho neutro
e nova máscara do eu minguante.

Onde o máximo?
Onde o matiz das ilusões
iguais às flores de um altar.
Nem santos.
Nem deuses.
Nem anjos
No meu viajar.

Um hoje.
Um amanhã.
Um ontem
e um depois.
No trágico circo
um cogumelo.
Um deserto.
E o homem 
nunca mais.

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