Do
livro “Meio a Meio” - 1979
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Mulher
morena que se estende
nos
lençóis brancos da vida.
És
o motivo maior deste poema.
Tremores
nas areias dos meus rios.
Mulher
morena que se entrega
mórbida
como quase que obrigada.
És
a fruta madura que mata minha fome
e
pacifica a aridez das minhas origens.
Mulher
morena que incendeia
a
víscera do pecado original.
És
a abertura que suga o meu sangue
e
tonifica os meus nervos de animal.
Mulher
morena que se desmorona
em
contrações de cavalgadura.
És
a cama, o pão, a agonia
onde consigo esquecer as amarguras.
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